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Pesquisa aponta que afazeres domésticos dificultam home office para 64,5% das mulheres
As mulheres brasileiras estão mais estressadas e ansiosas que os homens
Notícias 12 de Agosto, 2020
Pesquisa aponta que afazeres domésticos dificultam home office para 64,5% das mulheres

No contexto da pandemia, quando o assunto são finanças, vida profissional e cuidados com a casa e com a família, as mulheres brasileiras estão mais estressadas e ansiosas que os homens, como aponta pesquisa inédita do Datafolha.

Isso porque, além das crises sanitária, financeira e de trabalho, a pandemia da Covid-19 embaralhou fronteiras entre vida pessoal e profissional, deflagrando uma crise do cuidado.

De acordo com a pesquisa, encomendada pelo C6 Bank, 57% das mulheres que passaram a trabalhar em regime de home office disseram ter acumulado a maior parte dos cuidados com a casa. Entre os homens, este percentual é de 21%.

Outra pesquisa, realizada pela Gênero e Número em parceria com a Sempreviva Organização Feminista (SOF) a partir de dados coletados com 2.641 mulheres de todo o país, apontou para uma maioria absoluta que teve aumento da demanda de preparar ou servir alimentos (80,5%), lavar louça (81%) e limpar a casa (81%).

A demanda por cuidado, no entanto, extrapola a questão doméstica. De acordo com a pesquisa, intitulada "Sem parar: o trabalho e a vida das mulheres na pandemia", 50% das mulheres passaram a apoiar ou a se responsabilizar pelo cuidado com outra pessoa, seja ela um familiar (80,6%), um amigo (24%) ou um vizinho (11%). Entre mulheres negras, este percentual é de 53%, enquanto, entre brancas, é de 46%.

"O cuidado está no centro da dinâmica da sociedade e das famílias, e vínhamos terceirizando esse serviço", explica Giulliana Bianconi, diretora da Gênero e Número, uma organização que atua na produção e análise de dados para o debate de direitos e gênero. "Este é um momento de reflexão sobre isso porque ficou clara a total incapacidade das instituições de darem suporte neste contexto, abrindo uma crise do cuidado."

Dentre as mulheres que exerciam atividades de cuidado com idosos, por exemplo, 72% viram a demanda aumentar ou aumentar muito depois do início da pandemia. E 77% das que já cuidavam de crianças menores de 12 anos também viram a intensidade desta atividade aumentar com a pandemia.

É o caso de Andréa Silva Paiva, 44, divorciada e mãe de dois meninos, de 4 e 6 anos, ela trabalha como executiva de uma empresa da área de saúde e viu seu trabalho no escritório adentrar a casa e, com a pandemia, se intensificar como nunca.

"Antes, ficava com meus filhos antes da escola, que começava 8h, e de noite, além de finais de semana alternados. Agora é o dia inteiro. Ficou difícil pra mim, pra eles e para a minha ajudante, da qual não pude abrir mão senão meu trabalho seria inviável", explica.

Ao acompanhar o intenso cotidiano de trabalho da mãe, as crianças colocaram sobre ela também uma pressão emocional extra, além de reforço na culpa que em geral acompanha a maternidade. "Muitas vezes eles pedem para eu trabalhar menos. E tem dias em que tenho de interromper o trabalho para ficar um pouco com eles e, depois que dormem, retomo o que ficou para trás."

​Economicamente desvalorizado, ou mesmo invisível, o cuidado com pessoas e com a casa é algo, em geral, incontornável.

"Não podemos dizer que essas sejam atividades exclusivas das mulheres, mas, pelo histórico das relações de gênero, esse é um trabalho que recai mais sobre as mulheres", diz Giulliana. "A pesquisa mostra que uma parcela expressiva das mulheres não viu uma melhor distribuição das tarefas de cuidado desempenhadas por elas."

Segundo dados de 2019 do IBGE, mulheres dedicavam 18,5 horas semanais, em média, aos afazeres domésticos e aos cuidados com as pessoas, ou 80% mais tempo do que as 10,3 horas semanais médias dos homens.

fonte: folha de sp

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