Recente estudo do revela diversos indicadores da desigualdade racial no Brasil. Apesar dos avanços, a disparidade de rendimentos entre negros e não negros persiste. O levantamento aponta que a renda média dos negros é 40% inferior à dos não negros. Além disso, os negros com ensino superior ganham até 32% a menos que seus colegas não negros com o mesmo nível de escolaridade. A entidade destaca que, mesmo após a implementação da Lei de Cotas, as diferenças permanecem praticamente inalteradas.
MENOS
Outro dado relevante é que, ao longo de sua vida laboral, os trabalhadores negros recebem, em média, R$ 899 mil a menos do que os não negros. Para aqueles com ensino superior, a diferença chega a R$ 1,1 milhão. Quanto aos cargos de liderança, apenas um em cada 48 homens negros ocupa posição de chefia ou comando, enquanto entre os não negros a proporção é de um para 18. Nas profissões mais bem remuneradas, os negros representam apenas 27% dos trabalhadores, enquanto 70% deles estão em ocupações com salários mais baixos.
ACORDO MERCOSUL-UE PODE AMPLIAR COMÉRCIO BRASILEIRO EM ATÉ CINCO VEZES
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a BusinessEurope formalizaram um pedido conjunto pela conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). Segundo o documento assinado, o tratado, em negociação há mais de 20 anos, poderia ampliar em quase cinco vezes a integração do Brasil ao mercado global.
SALTO
Dados da CNI mostram que os acordos comerciais atuais permitem ao Brasil acesso preferencial a apenas 8% das importações globais de bens. Com o fechamento do pacto com a UE, esse índice poderia saltar para 37%, considerando que o bloco europeu representa 29% das exportações para o mercado brasileiro. A CNI destaca que a baixa integração do País ao comércio global prejudica sua competitividade e limita as oportunidades de negócios em novos mercados.
CURTA
TRANSFORMAÇÃO
A Inteligência Artificial tem o potencial de transformar o comércio global até 2040, mas seu impacto dependerá de uma adoção coordenada entre países, aponta um relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC). No cenário mais otimista, a colaboração entre economias desenvolvidas e emergentes poderia elevar o comércio global em 14 pontos percentuais até 2040. Porém, em um contexto de "divergência tecnológica", os ganhos seriam reduzidos pela metade, resultando em um aumento de apenas 7%.
Luiz Carlos Motta - Presidente