O Ministério do Trabalho e Emprego informa que o número de empregos formais no Brasil aumentou 24% de janeiro a setembro de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Nos primeiros nove meses deste ano foram gerados mais de 1,981 milhão de empregos com carteira assinada. Segundo dados do novo Caged, só em setembro foram criados 247 mil postos de trabalho formais, enquanto no mesmo mês de 2023, 204 mil novos empregos.
47,5 MILHÕES
O total de trabalhadores com carteira assinada no Brasil chega a 47,5 milhões, o maior número da série histórica iniciada em 2002. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, prevê que 2024 se encerre com cerca de dois milhões de novos postos de trabalho. Entre os setores, apenas o agropecuário registrou queda em setembro, com redução de cerca de duas mil vagas. No acumulado do ano, no entanto, o setor ainda apresenta saldo positivo de mais de 81 mil contratações.
SETORES E SALÁRIOS
O setor de serviços lidera com 128 mil novos postos de trabalho em setembro, seguido pela indústria (59 mil), comércio (44 mil) e construção civil (17 mil). Todos os estados brasileiros apresentaram crescimento no emprego formal em setembro, com destaque para as regiões Nordeste (+0,98%) e Norte (+0,66%). O salário médio de contratação em setembro foi de R$ 2.238,00, uma leve queda em comparação com agosto. Homens foram contratados com média salarial de R$ 2.250,00 enquanto a média para mulheres foi de R$ 2.033,00.
CONSUMO EM SUPERMERCADO CRESCE 2,52%
O consumo dos brasileiros em supermercados registrou alta de 2,52% nos primeiros nove meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (31) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em setembro de 2024, o consumo subiu 0,95% em relação ao mesmo mês de 2023. Em comparação com agosto de 2024, no entanto, houve uma queda de 1,3%, atribuída ao "efeito calendário": agosto teve um final de semana a mais e incluiu o Dia dos Pais, o que tende a elevar o consumo.
MEDIDAS
Segundo a Abras, o consumo em setembro foi impulsionado por medidas como os repasses do Governo Federal ao Bolsa Família (R$ 14,14 bilhões para 20,71 milhões de beneficiários), restituições do Imposto de Renda para Pessoa Física (R$ 1,03 bilhão para mais de 511 mil contribuintes) e a liberação de R$ 2,7 bilhões em Requisições de Pequeno Valor (RPVs) para aposentados e pensionistas do INSS.
13º
Para os próximos meses, a Abras espera que o consumo seja impulsionado por fatores como o pagamento do 13º salário dos trabalhadores formais, lotes residuais de restituição do Imposto de Renda, pagamentos mensais do Bolsa Família e bimensais do Auxílio-Gás, além do saque de R$ 228,6 milhões em abono salarial referente ao PIS/Pasep para mais de 247 mil trabalhadores que ainda não retiraram o benefício.
Luiz Carlos Motta - Presidente