
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que o percentual de famílias inadimplentes caiu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro. No entanto, o número de famílias endividadas voltou a crescer, indicando que muitas estão buscando novas dívidas com melhores condições para quitar débitos antigos.
Em fevereiro, 76,4% das famílias possuíam algum tipo de dívida, um leve aumento em relação a janeiro. Já a inadimplência, que considera as contas em atraso, recuou para 28,6%, e o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas caiu para 12,3%.
QUEDA DOS JUROS
Segundo a CNC, a queda na taxa média de juros pode estar incentivando a renegociação de dívidas, permitindo melhores condições de pagamento. Além disso, o número de consumidores com contas atrasadas por mais de 90 dias diminuiu, assim como o percentual de pessoas com mais da metade da renda comprometida com dívidas.
Por outro lado, o percentual de consumidores que se consideram “muito endividados” subiu para 16,1%, o maior desde setembro de 2024.
“As nossas projeções mostram que o endividamento deve continuar aumentando ao longo deste ano, com as famílias sentindo mais confiança em utilizar o crédito para o consumo e a quitação de dívidas antigas, apesar dos juros. Além disso, a inadimplência deve continuar arrefecendo ao longo de 2025”, avalia Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.