O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas subiu 7,2 pontos em setembro, para 82,0 pontos. Apesar de cinco meses de altas consecutivas, percebe-se uma desaceleração do crescimento do indicador a partir de julho. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp avançou 8,4 pontos, para 74,3 pontos.
“A alta de setembro aproxima o IAEmp dos níveis pré-pandemia, considerados não muito elevados historicamente. Para os próximos meses, ainda é possível enxergar fatores que podem adicionar riscos à sustentabilidade da retomada, como a elevada incerteza e o fim dos programas governamentais de apoio nesse período da pandemia”, afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) se manteve estável em setembro em 96,4 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, houve recuo de 0,3 ponto para 96,7 pontos.
“O resultado de setembro ainda mostra que há uma percepção negativa sobre o mercado de trabalho. Apesar da tímida redução na margem, o alto patamar mostra que há um longo caminho de recuperação”, continua Rodolpho Tobler.
Destaques do IAEmp e ICD
Assim como nos dois meses anteriores, todos os sete componentes do IAEmp seguem em alta, porém em menor ritmo. O destaque foi o indicador da Indústria de Tendência de Negócios subiu 16,2 pontos, para 117,4 pontos. Com exceção dos indicadores do Consumidor de Emprego Futuro e de Serviços de Emprego Previsto, todos os indicadores cresceram menos em relação ao mês anterior.
A queda do ICD ocorreu apenas para famílias de renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo indicador de Emprego local atual (invertido) variou positivamente em 1,9 ponto na margem.
Fonte: FGV Ibre