O horário eleitoral de rádio e TV terá ao menos alguma importância para a definição do voto de 60% dos paulistanos, mostra pesquisa Datafolha.
Para 32% dos entrevistados, o programa é muito importante, enquanto 28% o consideram um pouco importante. Os demais 40% não atribuem importância nenhuma a ele.
A pesquisa foi feita nos dias 20 e 21 de outubro, com 1.204 eleitores, e margem de erro de três pontos percentuais.
Desde a última eleição presidencial, em 2018, a centralidade da propaganda na TV passou a ser questionada. Naquele ano, Jair Bolsonaro venceu apostando em uma estratégia de comunicação que priorizou as redes sociais.
Mas marqueteiros ainda acreditam que o horário eleitoral tenha peso considerável, sobretudo para tornar candidatos mais conhecidos. Mais importante do que os blocos de programas à tarde e à noite são as inserções ao longo do dia.
No Recife (PE), onde o Datafolha ouviu 868 eleitores, também há maioria de opiniões favoráveis à relevância do programa. Atribuem importância ao horário eleitoral 58% dos entrevistados (32% acham muito importante e 26%, um pouco importante). Os outros 41% afirmam não ver qualquer relevo nele.
O prestígio do horário eleitoral é um pouco menor em Belo Horizonte. Na cidade, 54% consideram-no importante em algum grau, e 45% não acham nada relevante. O Datafolha ouviu 868 eleitores no município.
Dentre as localidades pesquisadas pelo Datafolha, apenas no Rio de Janeiro o índice dos que não se importam com o programa fica acima de 50%, ainda que dentro da margem de erro.
Na cidade, onde foram ouvidas 1.008 pessoas, 53% não acham o horário eleitoral relevante, contra 24% que consideram muito importante e 22% um pouco importante.
Em duas das quatro cidades em que foi feito o levantamento, o interesse pelo horário de TV e rádio divide ao meio os entrevistados. Em São Paulo, são 49% os que não expressam nenhum interesse, contra 33% com um pouco de interesse e 17% com muito interesse.
Em Belo Horizonte, são 52% os eleitores que não expressam nenhum interesse pelo programa, contra 48% que têm muito ou um pouco de interesse. Os patamares estão na margem de erro, também de três pontos.
Já no Rio e no Recife, há uma ligeira maioria de eleitores sem interesse pelo programa, de 55% dos pesquisados.
fonte: Folha de SP